sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CORes eM dissolVÊNCia

CORES EM DISSOLVÊNCIA


Por certo não há uma primavera. Há muitas. E dentro de cada uma, outras tantas existem; milhares talvez.

Não me surpreende que o branco do Polo Ártico seja o branco da foca, que o eskimó vê diferente; o do pinguim, do gelo fofo, o do caminho dos Huskies, o que quebra, o que aguenta o onde pisar ou o não pisar; o branco da tempestade e os brancos da geada, dos icebergs e dos glaciares.

Quantos verdes vemos na mesma folha de árvore e quantas folhas de árvores vemos nos mesmos verdes.

Quantos azuis de céus e quantos céus de azuis.

Quantos amarelos, marrons e laranjas nas dunas, escorpiões, areias e poeiras dos desertos.

Não me espanto ao ver estes mesmos amarelos na Amendoeira, que por sinal, nunca vi.

Na minha tela de pintura eu exatamente nada retrato.

São os desenhos, as cores e as pinceladas que colorem "algumas cores" em mim.


mauRICe7&tSANtos.2009

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