segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eles


eles

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Skribas_leksiko

Radikoj kiaj "arb" aŭ "skrib" apartenas al la leksiko, sed ne gramatikaj finaĵoj kiaj "-o" aŭ "-as", nek funkciaj vortoj kiel artikoloj, konjunkcioj, pronomoj kaj prepozicioj, nek vortoj kiaj "arbo", "skribas", "ĉerizarbo" aŭ "skribilo". Tiaj formas la vortaron aŭ vortotrezoron de la lingvo. Pri multaj lingvoj tiu distingo inter leksiko kaj vortotrezoro ne ekzistas, ekzemple ĉar ili havas nek vortan gramatikon (fleksion, aglutinecon) nek kunmetadon de vortoj. Alia kialo povas esti, ke la kunmetado de vortoj en iuj lingvoj estas ne libera, sed tiom forte konvencia, ke kunmetitaj vortoj havas la karakteron de radikoj.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

RAP 2010







Arrepiado, meu gesto é de destreza
Sou filho do astuto
Sou filho do urbano
Eu vivo, não me assusto

Sente o engasgo
Sente a pegada
Cada palmo desta linha..é tudo isso meu camarada

Irmão, brother, friend
Can you fully understand?
Sit down and feel it free
One sky, one city
That one I ain´t got nothing to see

Se liga mameluco
Baltazar das etnias
Nós viemos prá ficar
Uma cidade muito fria
Zumbindo prá irritar

You eat bread, you´re a baker
You have nothing, you´re a loser
Mother mary came to me
I could not even agree
I´m not from this place
I just want to take a wave

Eu não falo prá ninguém
Não profecio diagnóstico
Falo pra mim mesmo
Esse é meu negócio

Olha o ócio
Olha o ócio

Boca seca na garganta
Não tem muito o que falar
A roda ligeira da cidade
e da veia jugular

Many links, few intention
There´s only correction
Every one is like a brick
Trying to live so quick
They can´t look at all
That there is still new rooms

avaliable for bricks in the wall

Tem neguinho perdidaço
Sem caminho prá tocar
É esquisito ver o cara
Sem nada prá explicar

O amor não é diferente
É coisa demasiada
Inventaram tanta regra
Inventaram uma pegada
Iludiram a galera
Um substituo prá enganar

Não se apoquente, não me olhe com pavor
O amor não tem idéia
É como uma geléia
Se desmancha no calor

E no frio então, maluco
Todo mundo agasalhado
Quer um braço e ombro quente
Um sentido diferente
Prum amor que junte tudo
Prum pedaço arrebentado
Que nos fazia diferente

Agora é tudo igual...
A moçada se tocou
O apego vive solto
Como um louco arrazoado

Love hurts, love heals
I don´t care, who will
Come with me brother
Come with me layer
Watch yourself, body
Watch themselves, crier.


Tão falando
Tá zoado
O cara tá desesperado
Fica cego de vontade
Não percebe a contrariedade
Se incumbe de uma missão
Uma só conspiração
E toda a ambiguidade

É o bócio do coletivo
Algo assim, sem sentido
Carregar um sentimento
Que não foi abstraído
O amor é coisa tola
Algo torto construído

Deixe o sangue discorrer
Sobre uma idéia desmedida
É o bócio
É o bócio

Tá entendendo o que eu tô dizendo?
Isto já tá quase morrendo
Não consegue mais andar
O casal só faz de conta
Que é a conta do azar
O amor é coisa velha
Não dá mais prá sustentar


Olha que eu digo do romantismo
Um fiasco, um abismo
Um fato sem cabimento
A paródia da mentira
Um monte de sofrimento

Quando chega neste ponto
de trabalhar o relacionamento
já se foi o que nunca foi
Tira isto, sai desta embrulhada 
' Tamu farto da mentira
Põe o óculos
Põe e tira
Vê que nada e tão verdade
Que a mentira disfarçada

Não sei se é maldade
Nunca ninguém me contestou
Eu vivo prá enxergar
Seria permitido discordar?
Aquilo que faltava no lugar?
Um lugar que começou
Um lugar que terminou

End of frontiers
End of monastries
End of quarter and dime
End of the clock and it´s time

You don´t see
You don´t understand
You have no exit
You have no end

Let me tell you something
Let me tell you right there
There are many everywhere
Get you ticket pour La Mer
Clear your eyes alone
Check that they all have gone

Esperança
Essa foi outra abstração
Mais um muro
mais uma construção
que tá na beira da ruína
Desta vez estamos sós
Sem herói
Sem heroína

control-alt-del
Não posso acreditar em um deus
que queira ser louvado o tempo todo
Ouro de tolo
Mas isto existe
Não é Nieszchte?

Mesmo assim, devagarzinho,
Vai vendo a estória
Este papo de conquistar a glória
Que papo mais indigesto
Num sei como os caras engolem
Não sei
Não tenho gesto
Não tenho gesto.


Mauriceet&saNTOS,2009





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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Resíduos e raspas

Quando acabou de tirar o arroz-doce da panela, sobrou o que não era dos potes.
Sobrou o resíduo no fundo; este, o mais gostoso.
Passei o dedo.
A colher raspa o tacho até tirar aquele arroz filtrado; aquele diferente.

É o segredo de Donnana, mineira de Maria da Fé, fazedora de arroz-doce.
Eu não sei direito o que é o amor; mas as vezes acho que saiu da panela de Donnana.

Por isso amo o arroz e as Minas Gerais.
Não consigo ficar sem elas; Donnana, Gerais.
Fiquei um resíduo quando não a via mais.
Fiquei uma raspa quando não havia mais.

Nem eu nem ninguém fica sem arroz-doce...
Por isso acho que entendi o que era amor-doce.
Foram necessários os restos, as raspas, o fundo e as sombras.

Quando voltar a Maria da Fé, vou levar comigo mais amigos.
Aqueles que nunca rasparam o tacho de Donnana.
Você gostaria de vir?

mauriceet7&SANtos,2009

Je

Eu sou uma presença e estou presente.

Expresso, lento, comunico, êxito, hesito, existo, duvido, informo, outformo.

Durmo no inverno, colho no outono, danço na primavera, suo no verão.

Sou pensante e sentinte.

Sou no universo em que estou e no em que eu não estou. Eu mesmo; simples e agora. Na dúvida, pergunte-me o que não sei responder, pois aí reside meu hábito e fortúnio.

Gosto que me ensinem, me aprendam e soltem.

CORes eM dissolVÊNCia

CORES EM DISSOLVÊNCIA


Por certo não há uma primavera. Há muitas. E dentro de cada uma, outras tantas existem; milhares talvez.

Não me surpreende que o branco do Polo Ártico seja o branco da foca, que o eskimó vê diferente; o do pinguim, do gelo fofo, o do caminho dos Huskies, o que quebra, o que aguenta o onde pisar ou o não pisar; o branco da tempestade e os brancos da geada, dos icebergs e dos glaciares.

Quantos verdes vemos na mesma folha de árvore e quantas folhas de árvores vemos nos mesmos verdes.

Quantos azuis de céus e quantos céus de azuis.

Quantos amarelos, marrons e laranjas nas dunas, escorpiões, areias e poeiras dos desertos.

Não me espanto ao ver estes mesmos amarelos na Amendoeira, que por sinal, nunca vi.

Na minha tela de pintura eu exatamente nada retrato.

São os desenhos, as cores e as pinceladas que colorem "algumas cores" em mim.


mauRICe7&tSANtos.2009

Números, álgebra e Conjunto Vazio

Quando nasci recebi um número que anotaram no caderninho da enfermagem e no bracelete. Nem precisava, feio do jeito que eu era (melhorei um pouquinho)por certo não iriam me confundir com outro. Mas talvez fosse o desejo de minha mãe: que trocassem mesmo!
Era pequeno, não eu, o número.
Depois que meu pai decidiu me assumir, veio a certidão de nascimento e... com ela mais um número.
Quando entrei no jardim de infância me deram outro número. Não me recordo.
Sei que foi ímpar.
Cheguei na escola: muitos números. O da Faculdade me lembro: 2.437.
Ganhei um novo quando saí: o do conselho federal profissional. Esse número não é tão grande quanto o registro de identidade, o CPF, carteira de trabalho; título de eleitor então, nem se fale: um número enorme.

Depois veio a carteira de habilitação junto com meu primeiro carro: Uma Variante WV, marrom e com bagageiro no topo. Veio o número da placa do carro também e o IPVA, Seguro, certificado de propriedade, certificado de transferência etc. Tá certo que era do carro, mas como gostava demais dele era como se fosse um número meu.
Logo tive o número da conta do banco, o número da agência, a senha da internet, do caixa eletrônico.

Ah, não posso esquecer do número do cartão do SUS e também do meu plano de saúde. Lá também tenho duas senhas: uma para cadastramento e acesso ao site e outra para recuperar exames na WEB.
Lógico que não poderiam faltar os números de meu telefone celular, residencial, da Faculdade, do Hospital, da clínica e da minha mãe, irmãs, tios...ufa...e eles também tem vários números como eu.

Ao me unir, atestaram meu casamento com uma certidão. Esta também tem um número e meu filho também recebeu um quando nasceu.

Eu tenho um número que o Tarot e a cartomante me contaram: só que não posso falar, pois é segredo. Se contar quebra o encanto. Só eu sei(e a cartomante, é claro).

Os dias são números; os anos e os meses.
Meu apartamento tem um número; meu condomínio também. Moro no quinto andar. Minha senha no edifício é 01234.

Estou, com certeza, numerado no IBGE, na SEPLAN, no IBOPE; tenho um passaporte numerado pela Polícia Federal e alguns outros números para o PIS, PASEP, FGTS, INSS e COFINS.

Tenho um cartão cidadão que me numera e numera minha senha. Há outro, também numerado, do MEC para Professores.
Recebi um número de série que se conta pelas marcas de minhas mãos segundo o vidente e rugas na face segundo a Acupunturista.

Além de meu certificado de óbito, lá na frente, prefiro antes, vou ter um chip instalado para poder trocar de operadora de meus movimentos e tremores; tendões e medos.

Meu assento no trem da vida é algo secreto. O número da minha carteira de sócio no clube e a cadeira para o jogo final de campeonato, também não conto.
Não conto prá vocês, mas conto no cômputo geral de minha aritmética vazia.

Conto com vocês para dizer com que número, afinal, pareço.
Nas estatística dos amigos e chegados não sei que número vou alcançar.
Diga-me, por favor, amigo, com que número pareço.
Seria o quatro? O oito? O sete?

Alguém me disse que sou inumerável.
Gostei, pois me parece mais qualitativo.
É muito, contudo.
Prefiro ser um "não-Um".

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tatouage


Tatouage
Sur le bord de la peau et dans l'amalgame, mais au fond de son âme et l'esprit du poumon.

pour mauriceetsantos,2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ambulante

bymauriceet7&santos,2009




Ambulante, sou um viajador. Calejado camelot.
Passeio pelas calçadas da mente.
Valente com aguardente.
Beberagem
e tanta bobagem...querela.
Um pescador nômade,
pesco nos trilhos
e nas trilhas.
Pesco no ônibus e bato a cabeça...na janela.
Acordo intermitente e discordo imediatamente:
ectópico e anecóide.

Fizeram de minha mente um ultrassom.
Ela mentiu: não é nada daquilo. O laudo apresentou: cavidade com superfície irreconhecível mas dentro da normalidade; variações lúcidas bilaterais; rins com parênquima e contornos fisiológicos. Ausência de medos a juzante. Contudo há sinais de invariância, digo, mente sem morada: necessário comprovante de endereço. Anda pelada. A vontade por entre os cubóides, acrômios e vasos comunicantes; de um corpo só: o "não-Um". Mente com características urbana, branquígena e indígena. Ambígua. Anedótica, bem humorada e ventilada. Luz a pino:
Souls-tício.
Continuo na espera, mas não na esperança. Portanto esperanço. Moleza pequena.
Mamolengo, adormecido e como diz Pape, na alternança...na variança.



Minha variante é a que passa pelos nós urbanos, do Itaim Bibi à Ferraz de Vasconcelos, via Madalena!

Bandoleiro

Pisou no tapete da porta de entrada e ela se abriu;
é como aquele efeito piezoelétrico - você pisa e a porta abre.
Uma baforada de ar condicionado bateu na sua testa.
Impassível, continuou caminhando reto.
Parou numa daquelas máquinas de conveniência e, com uma moedinha de 1 real, sacou uma ruffles.
Cuspiu na lixeira de coleta seletiva; escolheu a dos orgânicos.
Arrumou seu alforje, limpou o bigode com a manga direita e seguiu a direita.
Vociferou todo seu silêncio no âmago da sala de reuniões;
sentou-se comodamente com as botas cruzadas, cheias de pó, sobre a mesa.
Tirou seu chapeu...bateu a poeira e jogou-o na poltrona ao lado.
- Pronto, estou aqui, disse aos acionistas.
- Mas...queremos dizer, não há mais nada a fazer, completaram os shareholders.
- Está bem.Digam-me, quem foi o último comprador?
- Como assim? replicaram os mesários.
- Assim assim: quem foi o último a comprar as ações?
- Mas por deus, Pancho, foi você!
- Obrigado.
Despediu-se batendo o chapéu na mão já na porta da grande sala.
Passou pelo saguão e parou demoradamente no espelho central.
- Pancho...Pancho.
Voltou-se até o lixo e tirou a embalagem de ruffles que havia jogado na lixeira de metais e jogou-a na de plástico.
Pisou no tapete interno e a porta automática se abriu.
Levou uma baforada de ar quente e cuspiu no canto da parede.

domingo, 1 de novembro de 2009

Sugar Blues

by mauriceet7&sanTOS

ele quis entrar, tipo assim, tipo Deleuze - Le Gilles - de qualquer jeito
no quarto do décimo andar
morada de Kristeva, a única Ela.
Um poeta solitário quis dançar a dança das cabeças, sim, de Gismonti, Sir Egberto
um amigo por perto
só após só, como Gast, Le Peter
quarto após quarto, como Foer, Le Safran
dansu, dansu, dansu, como Haruki, Le Murakami
normal após patológico, como Foucault &t Canguilhem, Les Michel et Georges.
Ao som de Glass, Andréas, Oliver Shanti e Osho, muito prazer: Ele se foi!
Mas promete continuar seu trompete...ele é um homem comum; pode prometer.
Sim, disse Borges, El Jorge.
Saudades<>kind of blue
Longe<> Miles away,Davis.

Tardezin

bymauriceet&7santos















Ficaram ali,
os tres dependurados:
um secou a louça,
o do meio as mãos e
o outro prá enfeitar o quintal.





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