terça-feira, 17 de novembro de 2009

RAP 2010







Arrepiado, meu gesto é de destreza
Sou filho do astuto
Sou filho do urbano
Eu vivo, não me assusto

Sente o engasgo
Sente a pegada
Cada palmo desta linha..é tudo isso meu camarada

Irmão, brother, friend
Can you fully understand?
Sit down and feel it free
One sky, one city
That one I ain´t got nothing to see

Se liga mameluco
Baltazar das etnias
Nós viemos prá ficar
Uma cidade muito fria
Zumbindo prá irritar

You eat bread, you´re a baker
You have nothing, you´re a loser
Mother mary came to me
I could not even agree
I´m not from this place
I just want to take a wave

Eu não falo prá ninguém
Não profecio diagnóstico
Falo pra mim mesmo
Esse é meu negócio

Olha o ócio
Olha o ócio

Boca seca na garganta
Não tem muito o que falar
A roda ligeira da cidade
e da veia jugular

Many links, few intention
There´s only correction
Every one is like a brick
Trying to live so quick
They can´t look at all
That there is still new rooms

avaliable for bricks in the wall

Tem neguinho perdidaço
Sem caminho prá tocar
É esquisito ver o cara
Sem nada prá explicar

O amor não é diferente
É coisa demasiada
Inventaram tanta regra
Inventaram uma pegada
Iludiram a galera
Um substituo prá enganar

Não se apoquente, não me olhe com pavor
O amor não tem idéia
É como uma geléia
Se desmancha no calor

E no frio então, maluco
Todo mundo agasalhado
Quer um braço e ombro quente
Um sentido diferente
Prum amor que junte tudo
Prum pedaço arrebentado
Que nos fazia diferente

Agora é tudo igual...
A moçada se tocou
O apego vive solto
Como um louco arrazoado

Love hurts, love heals
I don´t care, who will
Come with me brother
Come with me layer
Watch yourself, body
Watch themselves, crier.


Tão falando
Tá zoado
O cara tá desesperado
Fica cego de vontade
Não percebe a contrariedade
Se incumbe de uma missão
Uma só conspiração
E toda a ambiguidade

É o bócio do coletivo
Algo assim, sem sentido
Carregar um sentimento
Que não foi abstraído
O amor é coisa tola
Algo torto construído

Deixe o sangue discorrer
Sobre uma idéia desmedida
É o bócio
É o bócio

Tá entendendo o que eu tô dizendo?
Isto já tá quase morrendo
Não consegue mais andar
O casal só faz de conta
Que é a conta do azar
O amor é coisa velha
Não dá mais prá sustentar


Olha que eu digo do romantismo
Um fiasco, um abismo
Um fato sem cabimento
A paródia da mentira
Um monte de sofrimento

Quando chega neste ponto
de trabalhar o relacionamento
já se foi o que nunca foi
Tira isto, sai desta embrulhada 
' Tamu farto da mentira
Põe o óculos
Põe e tira
Vê que nada e tão verdade
Que a mentira disfarçada

Não sei se é maldade
Nunca ninguém me contestou
Eu vivo prá enxergar
Seria permitido discordar?
Aquilo que faltava no lugar?
Um lugar que começou
Um lugar que terminou

End of frontiers
End of monastries
End of quarter and dime
End of the clock and it´s time

You don´t see
You don´t understand
You have no exit
You have no end

Let me tell you something
Let me tell you right there
There are many everywhere
Get you ticket pour La Mer
Clear your eyes alone
Check that they all have gone

Esperança
Essa foi outra abstração
Mais um muro
mais uma construção
que tá na beira da ruína
Desta vez estamos sós
Sem herói
Sem heroína

control-alt-del
Não posso acreditar em um deus
que queira ser louvado o tempo todo
Ouro de tolo
Mas isto existe
Não é Nieszchte?

Mesmo assim, devagarzinho,
Vai vendo a estória
Este papo de conquistar a glória
Que papo mais indigesto
Num sei como os caras engolem
Não sei
Não tenho gesto
Não tenho gesto.


Mauriceet&saNTOS,2009





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